Fotografias, filmes de família, anúncios de jornais do século XX constroem uma narrativa pessoal sobre a presença das babás no cotidiano de inúmeras famílias brasileiras, mostrando uma situação em que o afeto é genuíno, mas não dissolve a violência.
Celso Castro, militante de esquerda, foi encontrado morto no apartamento de um ex-oficial nazista. A polícia sustenta que se trata de um suicídio. O episódio é o ponto de partida de Flavia, filha de Celso e diretora do filme, que decide reconstruir a história da vida e da morte do seu pai, voltando aos cenários do exílio familiar, da ilusão e do fracasso de um projeto político.
Essa é a história da espera de Dona Virgínia, uma senhora que, há mais de cinquenta anos, aguarda a desapropriação de sua casa. Ano após ano, o governo ameaça destruir o lugar onde ela guarda seu passado e suas memórias vivas.
Líder comunista, vítima de prisões e tortura, parlamentar, autor do mundialmente traduzido Manual do Guerrilheiro Urbano, Carlos Marighella atuou nos principais acontecimentos políticos do Brasil entre os anos 1930 e 1969, e foi considerado o inimigo número 1 da ditadura militar brasileira. Mas quem foi esse homem, mulato, baiano, poeta, sedutor, amante de samba, praia e futebol, cujo nome foi por décadas impublicável?
Em 1960, durante a sua 40ª expedição a Moçambique, o antropólogo Jorge Dias ficou hospedado por uns dias na casa da minha família em Mucojo. O filme articula a narrativa da sua estadia com uma tentativa de reflexão visual sobre os limites da representação antropológica e os processos de observação empírica, comparação, imitação e aculturação.
O filme relata a investigação da diretora-personagem a respeito da sua condição enquanto mulher. Por meio do espelhamento em pessoas íntimas, como a avó, a mãe, o marido, as amigas e a filha de uma delas, sua própria identidade é ao mesmo tempo forjada e revelada.
O filme relata a investigação da diretora-personagem a respeito da sua condição enquanto mulher. Por meio do espelhamento em pessoas íntimas, como a avó, a mãe, o marido, as amigas e a filha de uma delas, sua própria identidade é ao mesmo tempo forjada e revelada.
Pulsações é um documentário no qual a realizadora sai a procura do que inspira e motiva nossas vidas. Em encontros com sua família e amigos, o filme constrói uma delicada narrativa sobre o sentido de estar vivo.
Durante 11 anos, uma terapeuta registrou em vídeo o trabalho e a dedicação de Mara, tetraplégica, para recuperar os movimentos e voltar a andar. No longo processo, as duas se tornaram íntimas e compartilharam muito mais do que o objetivo de superar a paralisia. Zona Desconhecida acabou por captar o envolvimento dessas duas mulheres e os passos inesperados que ambas deram em suas vidas. Ao final, o primeiro passo que motivou mais de uma década de trabalho das duas se mostra muito mais grandioso e surpreendente do que o simples ato de caminhar.
Branca é uma brasileira de 3 anos que viaja até Cuba para conhecer a terra natal de seu pai em plena época de aniversário da revolução. Seu falecido avô, Marcos de Vasconcellos, viveu e participou intensamente como escritor e arquiteto no Rio de Janeiro dos anos 60. Só que os dois nunca tiveram a oportunidade de se conhecer em vida, e vão ter esse primeiro encontro na tela do cinema. Laços familiares profundos são revelados através de cartas, imagens e memórias.
Elena viaja para Nova York com o mesmo sonho da mãe: ser atriz de cinema. Deixa para trás uma infância passada na clandestinidade dos anos de ditadura militar e deixa Petra, a irmã de 7 anos. Duas décadas mais tarde, Petra também se torna atriz e embarca para Nova York em busca de Elena. Tem apenas pistas: filmes caseiros, recortes de jornal, diários e cartas. A todo momento Petra espera encontrar Elena caminhando pelas ruas com uma blusa de seda. Pega o trem que Elena pegou, bate na porta de seus amigos, percorre seus caminhos e acaba descobrindo Elena em um lugar inesperado. Aos poucos, os traços das duas irmãs se confundem, já não se sabe quem é uma, quem é a outra. A mãe pressente. Petra decifra. Agora que finalmente encontrou Elena, Petra precisa deixá-la partir.
Documentário sobre Francisco Brennand, artista plástico de 85 anos que vive e trabalha de forma isolada em sua oficina num bairro afastado do Recife. O longa registra a trajetória do artista através de diários e textos escritos por ele nos últimos 60 anos, em que reconta sua vida de forma ficcional. A sua sobrinha-neta, Mariana, constrói um registro intimista que mostra o universo do ceramista pernambucano.
Duas mães, três crianças, um carro. Quinze minutos de percurso partindo de um aparentemente incontrolável caos até o extremo relaxamento, numa situação que oscila nos limites indiscerníveis entre documentário e a ficção.
Duas irmãs e seus maridos fogem da Revolução Russa e da Alemanha nazista para o Brasil. Nos anos 1960, dividem uma casa em São Paulo. Conflitos amorosos, misturados ao pendor russo para a boemia e descomedimento, criaram uma narrativa típica dos folhetins de Nelson Rodrigues.
Mexendo em antigos vídeos caseiros, a cineasta Paula Gaitán constrói uma narrativa curiosa sobre sua juventude enquanto conversa com os filhos.
A correspondência entre um irmão e uma irmã, em pleno aniversário da morte da mãe, leva-os numa viagem ao passado, para compreender o tempo em que a mãe vivia e como era o seu país, Portugal, na década de 1970, quando ocorreu uma revolução. Misturando uma história familiar com a história de Portugal, este filme é uma luta contra o esquecimento.
Conflito geracional de pessoas que vivem do campo, para o campo. A minha avó e eu.
O confronto da imagem com aqueles nela representados.
Maria Clara mergulha no passado quase desconhecido de seu pai, Carlos Henrique Escobar. Ela vive as descobertas e frustrações de acessar a memória deste homem que foi preso e torturado pela ditadura militar.
Seis anos depois de deixar o meu país, Brasil, recebi pelos Correios um antigo rolo de som e descobri uma gravação do casamento dos meus pais. Tinha então 26 anos. Foi a primeira vez que ouvi a voz da minha mãe, uma vez que ela havia morrido quando eu tinha um ano. Fiquei imensamente comovida e decidi ir ao Brasil.
O filme resgata a memória do jurista Sobral Pinto, um dos grandes defensores da democracia e dos direitos humanos, e um homem de ética inabalável.
A partir de memórias guardadas de uma longa viagem, uma carta é enviada para o futuro. Sozinha, longe de casa e às vésperas de completar 30 anos, uma brasileira parte em uma jornada pela África. Na carta para sua filha, ela conta dos encontros com mulheres que vivem em suas culturas e tempos. Um diário, um road movie e um convite a todas as pessoas que lideram seus próprios caminhos.
É uma história pessoal que enaltece os laços familiares, utilizando o sketchbook e a família como referência. Este filme segue um formato diarístico, mostrando diversas situações e eventos que fazem parte da cultura e rotina em Belmonte, durante a época do Natal.
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