Uma viagem por viagens. Uma homenagem aos pais. Um autorretrato.
Armindo Carvalho é o meu avô de Vila Nova de Famalicão. Dedicou toda a sua vida à fotografia e, em 1969, tirou a carteira profissional. Registou a sua família e a família dos outros. Percorreu várias cidades e aldeias da região de Braga, Famalicão, Guimarães, entre outras, a registar eventos e várias cerimónias. Armindo e a Câmara Escura é um trabalho de revisitação das suas memórias familiares através das imagens.
Um documentário que acompanha Mc Linn Da Quebrada, uma mulher negra trans cujas ações eletrizantes (com muita nudez) marcam uma luta pela desconstrução de esteriótipos de gênero, classe e raça.
No continente africano, Ana Pi se reconecta às suas origens através do gesto coreográfico, engajando-se num experimento espaço-temporal que une o movimento tradicional ao contemporâneo. Em uma dança de fertilidade e de cura, a pele negra sob o véu azul se integra ao espaço, reencenando formas e cores que evocam a ancestralidade, o pertencimento, a resistência e o sentimento de liberdade.
Um encontro íntimo entre duas mulheres — uma cineasta indígena Mbyá-Guarani e uma artista visual e antropóloga não indígena. Enquanto se filmam, elas criam um confronto entre o cinema etnográfico e indígena, criando um ambiente de tensão entre elas.
À beira do Tejo, numa antiga comunidade piscatória, um homem vive entre a tranquilidade solitária do rio e as relações que o ligam à terra. Terra Franca retrata a vida deste pescador, atravessando as quatro estações e acompanhando as contingências da vida de Albertino Lobo.
Uma filha se afasta da família, com medo de presenciar uma crise de bipolaridade da mãe. Mas seu retorno à cidade natal desencadeia uma reaproximação familiar.
A cineasta Petra Costa testemunha a ascensão e queda de um grupo político e a polarização do Brasil.
A diretora mergulha no passado de seu pai ao conhecer a freira que ajudou sua família a fugir da Guerra Civil que expulsou muitos angolanos de suas terras nos anos 1970. Eles vieram para Olinda, e, como homenagem, a primeira filha nascida no Brasil ganhou o nome dessa mulher.
Através de imagens de arquivo pessoal e reflexões sobre as ambivalências que às vezes se imprimem em relações cheias de amor, “à beira do planeta mainha soprou a gente” apresenta recortes de afeto entre duas sapatonas e suas mães.
Beatriz e Henrique casaram no dia em que ela fez 21 anos. Henrique, oficial de marinha, passava largas temporadas no mar. Em terra, Beatriz, que aprendeu tudo com a verticalidade das plantas, cuidou das raízes dos 6 filhos. O filho mais velho, Jacinto, é meu pai e sonhava poder um dia ser pássaro. Um dia, subitamente, Beatriz morre. A minha mãe não morreu subitamente, mas morreu quando eu tinha 17 anos. Nesse dia, eu e o meu pai encontramo-nos na perda da mãe e a nossa relação deixou de ser só a de pai e filha.
Em confinamento, os artistas realizaram um gesto criativo mediado pelo luto da separação após 4 anos de relação amorosa e de trabalhos artísticos partilhados.
Os aviões voltaram a tomar conta do céu. Mas como a gente chegou até aqui?
Documentário autobiográfico realizado por uma mãe que acompanha a transição de género do seu filho adolescente: entre 2016 e 2019 ela entrevista-o, abordando os conflitos, certezas e incertezas que o perpassam, numa busca profunda pela sua identidade. Ao mesmo tempo, a mãe, revelada por meio de uma narração na primeira pessoa e pela sua voz que conversa com o filho por detrás da câmara, passa ela também por um processo de transformação que a obriga a romper velhos paradigmas, enfrentar medos e desmantelar preconceitos.
Numa casa em construção há 30 anos, a leitura da sua memória descritiva e a recolha de arquivos sobre o seu processo de construção despertam fragmentos de memórias incertas. De uma pesquisa imagética e sonora, surge um filme inacabado sobre uma casa inacabada.
Documentário em primeira pessoa sobre as experiências de Mayara Santana enquanto lésbica. Levando em conta seus três últimos relacionamentos e por meio de entrevistas com o pai, ela tenta explorar as mais diversas performances da masculinidade.
Cláudia Tomaz decide deixar tudo e partir pelo mundo para uma viagem da alma como meio de meditar. Uma jornada da vida real, autoindagação, meditação em ação, busca de visão e trabalho radical da alma.
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