2021 – 2023

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A Gente Acaba Aqui (2021)

Everlane Moraes (13min, Brasil)

A GENTE ACABA AQUI é a presença da morte em meio aos vivos. É o reencontro de familiares e amigos ao redor do corpo do meu tio. Um documentário fúnebre sobre a única certeza da vida.

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Borderline (2021)

Leonor Rocha Oliveira (10min, Portugal)

A realizadora Leonor Rocha Oliveira sofre de transtorno de personalidade borderline. Neste ensaio íntimo descreve e reflete sobre os seus sintomas a partir de uma perspetiva tão crua quanto irreal.

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Deixa-me ser eu (2021)

Sheila Correia (28min, Brasil/Portugal)

Longe do meu país, eu me deparei com os estereótipos da mulher brasileira. Como reexistir em um contexto de generalização? Como desconstruir um rótulo e não permitir desconstruir a si mesma? Em Portugal, eu descobri que eu sou um emaranhado de coisas que existem dentro de mim que pouco tem a ver com a minha forma física. Eu pensei que era fácil me apresentar como eu, mas entendi que às vezes, até que eu prove ao contrário, já existem algumas teorias sobre mim.

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Kevin (2021)

Joana Oliveira (81min, Brasil)

É a primeira vez que Joana, brasileira, visita a sua amiga Kevin no seu país, a Uganda. Elas conheceram-se há 20 anos quando estudavam juntas na Alemanha e há muito tempo que não se veem. Agora estão perto de completar 40 anos e a vida mostra-se mais complexa que na sua juventude. Este é um filme sobre uma amizade entre mulheres.

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Lugares de Ausência (2021)

Melanie Pereira (27min, Portugal)

As mãos questionam o que podem ter em comum com as mãos cobertas por cimento, por lama, por pó, vestidas de luvas azuis de construção civil e amarelas de limpeza. Essas mãos que, ao invés de construírem casas, abrem janela, repetem imagens, esticam sons, constroem filmes.

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Passagem (2021)

Tânia Dinis (4min, Portugal)

Um filme-ensaio sobre o que fica para lá da memória que se perde, uma memória no corpo, talvez. Pensei nisso no dia em que o meu avô me deixou sozinha com a minha avó e percebi que ela já não me conhecia.

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Antes de Mim, O Fim (2022)

Inês Luís (30min, Portugal)

A realizadora traz-nos numa viagem, em mais do que um sentido, em que investiga velhas fotografias e vídeos caseiros dos pais, tentando conhecer as pessoas que estes eram antes dela existir.

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Comezainas (2022)

Mafalda Salgueiro (12min, Portugal)

“Cozinhar é dar carinho”, diz a minha mãe.
Através da comida e de receitas geracionais, histórias pessoais são entrelaçadas com gestos de afecto e dinâmicas de quotidiano familiar. Uma ode aos que repetidamente nos alimentam e cuidam sem pedir nada em troca.

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Eneida (2022)

Heloísa Passos (79min, Brasil)

Eneida, 83 anos, faz uma jornada rumo a seu passado, em busca da filha primogênita, que não vê há mais de duas décadas. Com a ajuda de sua filha do meio, a cineasta Heloisa Passos, embarca em uma odisseia para tentar derrubar o muro que divide a família, transitando por momentos de descobertas e medo, de esperança e incerteza.

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No Canto Rosa (2022)

Cláudia Rita Oliveira (80min, Portugal)

A separação de Francisca e do ex-companheiro foi o gatilho para este dar início a um ciclo de perseguições, assédio e ameaças. As ameaças prolongam-se a Cláudia, filha de Francisca, que questiona a natureza deste comportamento como resultante de um sistema patriarcal. O filme questiona a impotência da mulher sentada “no canto rosa” enquanto vítima de um agressor e de um sistema patriarcal. Como Simone Beauvoir referiu, “Ninguém nasce mulher, torna-se mulher”.

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O Homem do Lixo (2022)

Laura Gonçalves (11min, Portugal)

Numa tarde quente de Agosto, a família junta-se à mesa. As memórias de cada um vão-se cruzando para recordar a história do tio Botão. Da ditadura à emigração para França, onde trabalhou como homem do lixo, e quando voltava a Belmonte na carrinha cheia de “lixo” que transformava num verdadeiro tesouro.

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Rua dos Anjos (2022)

Renata Ferraz e Maria Roxo (83min, Brasil/Portugal/Moçambique)

Rua dos Anjos é um filme construído a partir do encontro e da criação fílmica partilhada entre duas mulheres. Nele, relatam e testemunham histórias pessoais enquanto trocam algumas técnicas de seus respetivos ofícios: o trabalho sexual e o fílmico. Neste cenário, ambas se tornam realizadoras e personagens.

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Debaixo do Tapete (2023)

Catarina Demony e Carlos A. Costa (48min, Brasil)

Foi durante a sua adolescência que a jornalista portuguesa Catarina Demony descobriu que os seus antepassados, os Matoso de Andrade e Câmara, tinham um passado escondido: foram dos maiores comerciantes de pessoas escravizadas em Angola entre o século XVIII e XIX. Deparou-se com uma história familiar conflituosa. Com o tempo e a idade, Catarina começou a aperceber-se da ligação direta entre o envolvimento dos seus antepassados no tráfico transatlântico e o que estava a acontecer ao seu redor: a violência, a segregação, o racismo.

Este documentário fala sobre uma histórica longe de ser única em Portugal: uma família que fez dinheiro à custa de seres humanos. Dinheiro esse que, indiretamente, deu à Catarina e a tantos outros os privilégios de que hoje usufruem. Juntamente com o realizador Carlos Costa, o documentário não só desvenda o passado da família da Catarina mas também fala sobre as consequências da escravatura e do passado colonial em Portugal nos dias de hoje. Porquê que o tema continua a ser um “tabu” na sociedade portuguesa? E porquê que é importante retirar o assunto “debaixo do tapete” e pô-lo em cima da mesa?

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Incompatível com a Vida (2023)

Eliza Capai (93min, Brasil)

A partir do registro de sua gravidez frustrada, a diretora Eliza Capai conversa com outras mulheres que tiveram vivências parecidas à sua, criando um potente e tocante coral de vozes que refletem sobre temas universais: vida, morte, luto e políticas públicas que nos afetam.

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